Sei que é forçado generalizarmos estratégias de artistas que
teriam objetivos díspares. O que chamaria neoconceptualismo: a atualização de
artifícios, formas e técnicas da arte conceitual. Porém subtraídas de uma noção
de vanguarda. Desistentes de sua responsabilidade histórica; assume-se
materialmente o poder de sedução plástica de dispositivos contemporâneos; como
o esmero da execução nos trabalhos (formas de exibição cada vez mais
sofisticadas) e do uso também preocupado
e acurado de equipamentos tecnológicos... (as formas de projeção, vídeo
instalações, arquitetônica expositiva, etc.).
O problema é o espurgo ou desistência de um discurso politico
possível dentro dessas escolhas formais. O que em um passado que se mantêm recente era possível
acenar um engajamento... às meritórias folhas de pauta de uma reunião cansada:
que advêem dum projeto mal discutido de uma possível reformulação e
rearticulação de um discurso que nos mantém reféns: a desconstrução da “grande
narrativa política e histórica” acaba como filha da l’art
per art .
Como exemplos: a produção de trabalhos “imateriais”
recusando o carater mercadoria, as colagens que se sofisticariam até propostas
como a dos “filmes” de Guy Debord e o détournement
situacionista, até o plagiarismo
revolucionário de caserna mimada Neoista e o recente resgate de algumas dessas
estratégias como as do Tiqqun (que oscila entre o extremo compromentimento com
um discurso politizado transformador como ponte sedutória e ao mesmo tempo de
uma preocupação arguta e absurda em sua apresentação hiperestetizada).
Esse é texto divagador sobre
o uso estratégico de justaposicoes discurso e imagem... me dou a licença
apoética antes de colocar em berço febril qualquer determinante sobre o
trabalho de Vijai Patchineelam... mas jogarei com Douglas Gordon e o Estado
Islamico. Gordon utiliza até o talo
ferramentas formais conceituais: como textos que se dão como inambientáveis,
com uma fraseologia perdida e um uso espetacular de imagens, mas ambas alienadas e passíveis de quaisquer
interpretações (poéticas). E o estado islamico que dirige/decupa minuciosamente
genialmente seus vídeos, talvez alí estão todos elementos de efetivar/afetar
nossa mínima noção do que nos seduz (mesmo que negativamente) em nossa exposição
à construçao de imagens (políticas). Vijai está numa espécie de meio termo ou limbo
ou coragem.
Sei que é forçado generalizarmos estratégias de artistas que teriam objetivos díspares. O que chamaria neoconceptualismo: a atualização de artifícios, formas e técnicas da arte conceitual. Porém subtraídas de uma noção de vanguarda. Desistentes de sua responsabilidade histórica; assume-se materialmente o poder de sedução plástica de dispositivos contemporâneos; como o esmero da execução nos trabalhos (formas de exibição cada vez mais sofisticadas) e do uso também preocupado e acurado de equipamentos tecnológicos... (as formas de projeção, vídeo instalações, arquitetônica expositiva, etc.).
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